segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Post referente ao dia 06/02

Nasce a manhã em Ribas do Rio Pardo. Acordo com uma leve dor de cabeça depois de ser acordado pelos toques do telefone da recepção, foi a primeira vez que usei esse tipo de serviço. Cheguei ontem meio tonto, porém sóbrio o suficiente para saber que não iria acordar com tanta facilidade e pedir ao recepcionista para que me acordasse as seis do dia seguinte. Mal o sol havia raiado e o calor já era infernal. Parecia que meu rosto acabara de ser lavado, gotas espontâneas de suor corriam da testa e acumulavam na sobrancelha.
O primeiro serviço do dia foi por aqui mesmo, eu e o Marzo fomos à loja do irmão dele para digitalizarmos alguns cupons fiscais e preenchermos relatórios de gastos para mandarmos para o Ivan. Burocracias à parte, eu estava quase sem um trocado no bolso, ou como se diz lá em Tietê (saudade da minha terra) estou “areado”.
Aliás, em todo esse tempo que tenho estagiado pelo Mato Grosso do Sul, essa é a vez que eu fiquei com menos grana na carteira.
Feito isso, fomos procurar uma conveniência aberta para abastecermos nossas garrafas d’água para prepararmos um tereré durante a viagem que nos aguardava para Camapuã. O dia prometia ser corrido. Andamos por todas as duas avenidas e pelas quatro ruas pavimentadas daqui e nada aberto. Percebi que depois de botecos, o que mais tinha por aqui eram as tais conveniências: lojinhas com cerveja e refrigerantes em grandes geladeiras da Skol, Crystal ou da Coca Cola. Eram como botecos, só que com aspecto um pouco mais limpo. Esperamos uma dessas mercearias abrir e finalmente conseguimos um pouco de gelo.
Partimos para Camapuã por uma estrada de pura areia. Cerca de 120 quilômetros e muitos trancos e barrancos (literalmente) depois saímos numa estrada asfaltada, aí tomamos o rumo para uma fazenda onde será feita pulverização aérea daqui uns dias.
Alguns quilômetros de estrada depois, paramos num posto, pois o tanque estava quase vazio. Não fosse por algumas pessoas na porta do restaurante eu juraria que aquilo era um posto fantasma. Então perguntamos ao balconista do estabelecimento sobre combustível e ele esclareceu que não havia nada naquele posto. Depois disse que até tinha um galão com cinco litros de gasolina, mas iria cobrar quatro reais por litro. Honestamente concluiu que valia à pena irmos para a cidade. Imagine só, um posto sem gasolina! Essa vai para a minha lista entitulada "Coisas de MS", que no final do estágio farei como lembrança daqui.
Estava perto da hora do almoço, então o Marzo disse que iríamos almoçar na casa da família dele. Chegamos lá e fomos recepcionados com uma deliciosa costela cozida e batatas. Comi muito bem. Saímos logo depois de comer e fomos ao objetivo principal do dia.
Na fazenda o gerente tinha acabado de sair para ver uma turbina do poço. Para não perder tempo falamos com um pião e nos informamos sobre a localização do aeroporto. Inspecionamos e medimos a pista de pouso. 900 metros ao todo. Nada mau, pois segundo o Marzo é preciso que a pista tenha no mínimo 700 metros. Voltamos à sede e o gerente tinha acabado de chegar numa Toyota Bandeirante bege. Depois de muitas porteiras abertas e fechadas conseguimos o diagnóstico da área. A pulverização aérea deveria ser feita o mais cedo possível.
Fomos embora depois de uns goles de uma água bem gelada e com alguns pontinhos minúsculos em suspensão. Assim que eu chegar em Tietê não posso esquecer de tomar vermífugo, acho que essas águas de fazenda devem ter alguma coisa além de sais minerais. Concluo isso porque alguns desses dias minha barriga esteve fora do normal. O complicado também é comer fora, você nunca sabe qual a condição sanitária do lugar, como foi feita a comida, entre outros. O jeito é seguir a tradição aqui do estado e comer comida com bastante molho de pimenta, aí mata toda a bixarada.

Já em Camapuã na casa da família do Marzo, tomei um banho gelado e revigorante, vesti uma roupa fresca e saímos comer uma pizza. Na pizzaria o pedido foi meia calabresa meia marguerita, preferidas pelo Marzo e por mim respectivamente.
Mais tarde voltamos para casa e lá fiquei,enquanto que o Marzo voltou ao centro da cidade para se enroscar com uma amiga. Agora pouco estava conversando com a vó e a Monique (irmã do Marzo) ficamos até quase uma da manhã proseando entre meu futuro e peculiaridades de São Paulo, a futura moradia da Monique na capital para cursar enfermagem e passeios da vó pela Serra Gaúcha .
Agora preciso dormir porque logo cedo voltaremos para Ribas. Boa noite e Boa sorte.