quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Top 20 filmes dos anos 00's

Tive que pensar um pouco pra fazer um top 10, mas descobri que vi tanto filme bom que não
ia rolar colocar só 10, então resolvi aumentar pra top 20 ;D

Top 20 filmes:
1 - Senhor dos Anéis - Trilogia
2 - Kill Bill - Volume um e Volume dois
3 - Amnésia
4 - Crash
5 - O Fabuloso Destino de Amélie Poulain
6 - Os Infiltrados
7 - Oldboy
8 - Menina de Ouro
9 - Onde os Fracos Não Têm Vez
10 - Babel
11 - Sin City
12 - O Homem Que Copiava
13 - Wall-E
14 - Snatch - Porcos e Diamantes
15 - O Labirinto do Fauno
16 - Estrada para Perdição
17 - Diários de Motocicleta
18 - Amores Brutos
19 - Gladiador
20 - Corpo Fechado

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Companheiros e companheiras.

Os brasileiros reclamam de quê, afinal?

Os Brasileiros:
Falam no celular enquanto dirigem;
Trafegam pela direita nos acostamentos num congestionamento;
Param em filas duplas, triplas em frente às escolas;
Saqueiam cargas de veículos acidentados nas estradas;
Estacionam nas calçadas, muitas vezes debaixo de placas proibitivas;
Estacionam em vagas exclusivas para deficientes;
Subornam ou tentam subornar quando são pegos cometendo infração;
Trocam votos por qualquer coisa: areia, cimento, tijolo, dentadura;
Violam a lei do silêncio;
Dirigem após consumirem bebida alcóolica;
Furam filas nos bancos, utilizando-se das mais esfarrapadas desculpas;
Espalham mesas e churrasqueiras nas calçadas;
Pegam atestados médicos sem estar doentes, só para faltar ao trabalho;
Fazem gato de luz, de água, TV a cabo e banda-larga;
Registram imóveis no cartório num valor abaixo do comprado, muitas vezes irrisórios, só para pagar menos impostos;
Compram recibos para abatê-los na declaração do imposto de renda;
Mudam a cor da pele para ingressar na universidade através do sistema de cotas;
Quando viajam a serviço pela empresa, se o almoço custou 10 pede nota de 20;
Comercializam objetos doados nessas campanhas de catástrofes;
Adultera o velocímetro do carro para vendê-lo como se fosse pouco rodado;
Compram produtos piratas com a plena consciência de que são piratas;
Substituem o catalisador do carro por um que só tem a casca...
Diminuem a idade do filho para que este passe por baixo da roleta do ônibus, sem pagar passagem;
Emplacam o carro fora do seu domicílio para pagar menos IPVA;
Freqüentam os caça-níqueis e fazem uma fezinha no jogo de bicho;
Levam das empresas onde trabalham, pequenos objetos como clipes,
envelopes, canetas, lápis... como se isso não fosse roubo;
Comercializam os vales transportes e vale refeição que recebem das empresas onde trabalham;
Falsificam tudo, tudo mesmo, só não falsificam aquilo que ainda não foi inventado...
Quando voltam do exterior, nunca falam a verdade quando o policial pergunta o que trazem na bagagem;
Quando encontram algum objeto perdido, a maioria não devolve;
E por aí vai...

E querem que os políticos sejam honestos! Esses políticos que estão por aí não são
estrangeiros; saíram do meio desse mesmo povo.


Precisamos mudar, urgentemente!

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Nada Inspirador

Nada mais inspirador que nada, nada me faz pensar mais que o nada.
Esses dias me peguei desprevinido fazendo nada em casa,depois de fazer todas as tarefas pendentes de casa, com os olhos retos mirando pro nada. Lavar algumas peças de roupa só pra não ficar sem cuecas limpas não espanta o nada.
Então nada melhor que pensar no passado, em pessoas distantes tanto no tempo quanto no espaço.

Nada é como pensar em lugares que deixaram lembranças vivas, como a casa em que passei a infância. Ou então no último aniversário que passei com meus amigos. Cerveja gelada, roda de amigos jogando poker, rock na vitrola, bom papo. Nada faltou. Nada que no momento eu senti falta, mas depois me dei conta que faltou um grande amigo. Nada podia fazer, pois convidá-lo não seria suficiente. Nada poderia substituir seu lugar. Algumas boas recordações como festas de aniversário em sociedade talvez matem um pouco da saudade. Nada voltará.

Falando em nada, que tal invertermos tudo?
Tudo isso de nada não é tudo o que devemos fazer para viver.
Tudo que posso fazer é deixar o nada um pouco de lado.
Nada supera o tudo, mas tudo o que tenho e seguir em frente.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Viva a Independência do Brasil!

Como estou aqui em Brasília, claro que não poderia ficar de fora da festa que comemora o dia da Independência do Brasil. Melhor de tudo, o desfile foi na Esplanada dos Ministérios, bem de frente ao Palácio do Planalto, a Catedral e outros belos pontos turísticos.

Há tempos não assistia a qualquer desfile dessa data tão importante ao povo brasileiro.
O desfile foi tão impressionante que por muitas vezes senti um momentâneo patriotismo, semelhante à jogos da seleção nas copas do mundo, ou até mesmo no último jogo do Brasil contra os hermanos.

Vi representantes de exército, marinha, aeronáutica, além das polícias, bombeiros e escolas federais. Teve também uma homenagem à França, pois o presidente Nicolas Sarkozy estava presente para estabelecer uma aliança com o presidente brasileiro. Apesar da data não ter nada a ver com a França, achei justo aproveitarem o embalo e mostrarem um pouco das cores francesas no desfile. Não pensem que só quis fotografar a esquadrilha da fumaça francesa! O problema foi que minhas pilhas da câmera acabaram no fim do desfile, bem quando a esquadrilha da fumaça brasileira fez seu show.

Tirei várias fotos. A maioria ficou não muito boa pois estava lotado de gente ao meu redor e inclusive na minha frente, mas ainda peguei poses boas. Ser alto tem suas vantagens! Aí vão as melhores!



segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Novo estágio, vida nova.

Depois de algum tempo sem descrever algumas peripércias por aqui, sinto que agora é o melhor momento pra retomar as crônicas e o diário de bordo. Estou em Brasília faz uma semana, me acostumando aos poucos com os novos (e muito secos) ares. Hoje é um dos domingos mais chatos da minha vida. Tudo bem que chega a ser redundância pronunciar a expressão domingo chato, mas vejam só como convém... Acordar às 9 horas num domingo, com o único motivo de que o sono acabou é algo realmente preocupante.

Pior é quando me deparo com meu novo lar: uma kitnet de 30 metros quadrados, onde as únicas fontes de entretenimento são: meu toca mp3 e o olho mágico da porta da frente. Ao passo que a música é uma terapia pra mim, também a ouço sem parar como forma de espantar a solidão. Ou você nunca entrou em casa e deixou a tevê ligada só pra não se sentir sozinho? Como ainda não tenho tevê, então a música deixa meu inconsciente feliz. Já o olho mágico funciona como outro fator anti-solidão. Sempre que há burburinhos no corredor, seja lá o que estou fazendo, vou voando pra porta da frente e vejo se meus vizinhos são normais. Ou se há alguma gostosona. Ou alguma velhinha encrenqueira. Ou algum síndico metido a fodão. Ou qualquer outro estereótipo de vizinhos que podem ser encontrados num prédio residencial.

Bom, voltando ao meu lar, tenho três móveis nele: uma cama, uma geladeira e um armário. Desses três, dois são bons. A cama bem espaçosa, pois é de casal. Ela não faz rangidos bizarros quando viro de um lado pro outro, tem um colchão decente. Só tive de adaptar minha roupa de cama que trouxe de SP, que é de solteiro, mas nada grave. A geladeira é mais ou menos nova, só faz barulho quando liga e desliga. Que culpa tem ela de ser enfiada numa kitnet-cubículo sem divisória alguma? Ela tem é que trabalhar! O resto dos meus magníficos móveis é o guarda-roupa. Gavetas estouradas, trilhos quebrados e puxadores faltando são algumas das qualidades dessa bagaça. Só não posso me queixar muito, pois ele serviu perfeitamente pro meu novo varal improvisado pra colocar minhas roupas de baixo. Logo consigo um novo móvel. Com ele, certamente uma nova história virá.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Carta de filho de um corintiano

Carta de filho de Curintiano

Próximo ao Natal, Wandergleydson, um garotinho

corintiano de oito anos, resolveu escrever uma carta
para o Papai Noel pedindo uma bicicleta...

"Papai Nuel, fui um óstimo minino esti ano,

ajudei meu pai, minha mai e até meu irmaozinhu...
quero uma bicicreta". Então parou e pensou:
- Ele num vai acreditá, vo refaze a carta.

"Papai Nuel, sei que nao fui muito bao este ano,

mas achu qui ainda meressu uma bicicreta".

Não satisfeito, ele joga a carta fora, vai até o presépio,

pega a imagem de Maria, coloca dentro do sapato e escreve o seguinte:

"Jesus, se liga na situação... tô com tua mãe... mano!!!

A treta é a seguinte.....se quiser ve tua véia di novu,
manda Papai Nuel mi dá uma magrela sinão
o bicho vai pegá pro lado da coroa."

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Avanço anuncia patrocínio de axila com Timão até 2010. São Paulo gosta e copia.

Boas novas pro torcedor gambá!
Só falta o Corinthians terá mais um nome em sua camisa. O desodorante Avanço estampará as axilas do uniforme do time até meados de 2010. A empresa que administra a marca - a mesma da Bozzano, outra patrocinadora do Timão - disse em comunicado que o sucesso já alcançado com seu produto nas mangas da camisa proporcionou uma ampliação do projeto no Timão.



O patrocínio nas axilas, local onde o produto anunciado é aplicado, é considerado inovador por especialistas em marketing e já começa a ser utilizado também por outros clubes, como o São Paulo Futebol Clube:


Segundo a diretoria de marketing do SPFW (São Paulo Fashion Week, como é carinhosamente chamado) a idéia é estampar na parte traseira do calção um produto amplamente utilizado por seus torcedores, justamente na região onde é mais aplicado. O jogador Richarlyson promete estrelar campanha do produto.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Tanta crueldade...

É incrível,como conseguem fazer tanta maldade, inacreditável!!! Imaginem só: algumas tinham 12 anos.

Sei que a maioria das pessoas que visita o blog já é madura e sabe suportar cenas como essas. Na verdade poucas pessoas conseguem ver até o final, mas se observarem bem verão que não é montagem. É crueldade pura, acho que movido por algum fanatismo, sei lá.
Mas só olhe se estiver preparado, pois a crueldade humana é sem limites!







terça-feira, 16 de junho de 2009

Nova cara em breve

Olá amigos que costumam ler meus posts!
Logo volto com mais atualizações, com direito a novas polêmicas e até novo header!
Abraço a todos!

domingo, 3 de maio de 2009

A farsa da gripe suína

Estava eu zapeando entre canais e me dei conta que todos telejornais,programas de variedades e até programas esportivos falavam do mesmo assunto: a terrível grípe suína.
O fato que mais me chocou após várias informações foi a decisão tomada pelo governo egípcio, que ordenou o extermínio de todo o rebanho nacional.
Depois dessa notícia alguns pensamentos primários vieram, como "Nossa, haja porco!" ou "Os caras acabam justo a carne mais gostosa!".
Pensando melhor com meus botões e mais bem informado consegui reunir argumentos pra dizer que GRIPE SUÍNA é uma farsa!
Alguns toques:
A gripe que tá rolando pelo mundo é causada pelo vírus H1N1, ou Influenza A, que pela OMS "O vírus é cada vez mais humano e cada vez tem menos a ver com o animal".
Ou seja: a gripe pode até ter vindo de porcos, mas ela piorou porque o vírus se adaptou ao organismo humano.Então porquê só fala-se de gripe SUÍNA por aí e não gripe tipo A ou algo do tipo?
A maior estupidez: a gripe suína, aquela que é transmitida entre os porcos, não é transmitida ao ser humano por consumo de carne. O povo pode ter sido a civilização mais inteligente, astuta e hábil de todos os tempos, mas me desculpem!Haja estupidez!
Fora a maior sacaganem com os produtores do setor. Muita gente vai cortar a carne de porco do seu cardápio diário graças a toda ladainha.
Essa mídia é realmente constrangedora não? Poxa, dá tristeza ver os times mexicanos classificados na libertadores tendo que procurar países pra disputar jogos decisivos. O que realmente me revolta é que países como Chile e Colômbia já recusaram receber as delegações mexicanas de Chivas e San Luis. Poxa, será que exames não provariam a existência do vírus nos jogadores?
Agora o São Paulo quer trazer o Chivas pra cá, se der certo beleza! Só espero que o time do Chivas não precise usar máscaras azuis como uniforme!
Daqui a pouco a mascarazinha será um acessório tão incorporado à cultura mexicana quanto as pimentas, cactos e sombreros.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Pré conceito ao preconceito

Tudo começa quando algum tempo antes da aula estava eu conversando com a Canola no messenger, quando passei pra ela a coletânea da proposta de redação que havia passado aos meus alunos na semana anterior. Então combinamos que ela passaria me pegar, já que a república onde moro fica no caminho que ela faria pra ir ao colégio.
Fiz umas anotações pra passar pra turma, engoli três fatias de pão com requeijão esquentados na lancheira elétrica, tomei um copo d'água, botei a mochila nas costas e voei pra frente de casa, sendo que a Canola disse que já tava subindo pra me pegar.
Enquanto a esperava abri um chicletes e fiquei ali pensando sobre como aquela borracha cheia de edulcorantes me fazia salivar.
Pouco tempo depois a carona chegou. Passamos rapidamente na república de um colega nosso pra pegarmos umas cópias da matéria e logo em seguida rumamos ao cursinho.
Lá minha aula rolou muito bem. A turma tá bastante empenhada, isso me anima bastante.Na semana passada passei pra eles uma coletânea debatendo o racismo, e hoje passei teoria sobre estrutura de redação (as velhas conhecidas introdução, desenvolvimento e conclusão) e usei a tal coletânea como exemplos, assim como os próprios textos escritos pelos alunos.
Cheguei da aula faz pouco tempo,mas durante todo o caminho de volta até esse exato instante continuo instigado com um simples fato: mesmo após discutir sobre racismo numa classe, entrar em consenso com todos ali, algo ainda parece não estar legal.
Existe ali um pré conceito ante o preconceito. Simples de explicar o porque desse dilema: na classe existem alunos negros, e é impressionante como deve ser falado negro e branco. Pessoal, eu tenho que me dirigir aos alunos falando negro e não preto. Acho isso uma sacanagem, pelo fato de que eles falam branco e não caucasiano, como legalmente é o indivíduo de pele com cor branca.
Definitivamente não é apenas algo pra ser pejorativo não, é um pré conceito mesmo.
Sem contar que já vi vários casos, dentro de famílias de negros mesmo, onde eles se chamam de "preto", "nego", "negão". Agora, eu que sou caucasiano( ou branco, seja como for é tudo igual) se chamar um preto de rua de preto serei taxado de racista!
Entendem o ponto?
Espero que sim.
Já que é pra lutarmos contra o racismo, por que o próprio sistema nos impõe barreiras pra atrapalhar esse tão sonhado bem estar entre pretos e brancos?
Ahh, já tava me esquecendo! E essas cotas pra negros? Quanta sacanagem com o ensino superior público hein? Somos todos iguais perante a lei!!!Nada melhor pra promover a luta contra o racismo hein?
Fico imaginando se eu fosse negro, estaria eu numa entrevista pra entrar numa multinacional grandiosa, aí frente a frente com o sujeito ele me pergunta se sou graduado numa universidade, onde passei graças ao sistema de cotas!
Cotas para vagas de empregos já!?
E dá-lhe PT! Lulalá resolve!
Governo tão populista e tão racista.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Post referente ao dia 06/02

Nasce a manhã em Ribas do Rio Pardo. Acordo com uma leve dor de cabeça depois de ser acordado pelos toques do telefone da recepção, foi a primeira vez que usei esse tipo de serviço. Cheguei ontem meio tonto, porém sóbrio o suficiente para saber que não iria acordar com tanta facilidade e pedir ao recepcionista para que me acordasse as seis do dia seguinte. Mal o sol havia raiado e o calor já era infernal. Parecia que meu rosto acabara de ser lavado, gotas espontâneas de suor corriam da testa e acumulavam na sobrancelha.
O primeiro serviço do dia foi por aqui mesmo, eu e o Marzo fomos à loja do irmão dele para digitalizarmos alguns cupons fiscais e preenchermos relatórios de gastos para mandarmos para o Ivan. Burocracias à parte, eu estava quase sem um trocado no bolso, ou como se diz lá em Tietê (saudade da minha terra) estou “areado”.
Aliás, em todo esse tempo que tenho estagiado pelo Mato Grosso do Sul, essa é a vez que eu fiquei com menos grana na carteira.
Feito isso, fomos procurar uma conveniência aberta para abastecermos nossas garrafas d’água para prepararmos um tereré durante a viagem que nos aguardava para Camapuã. O dia prometia ser corrido. Andamos por todas as duas avenidas e pelas quatro ruas pavimentadas daqui e nada aberto. Percebi que depois de botecos, o que mais tinha por aqui eram as tais conveniências: lojinhas com cerveja e refrigerantes em grandes geladeiras da Skol, Crystal ou da Coca Cola. Eram como botecos, só que com aspecto um pouco mais limpo. Esperamos uma dessas mercearias abrir e finalmente conseguimos um pouco de gelo.
Partimos para Camapuã por uma estrada de pura areia. Cerca de 120 quilômetros e muitos trancos e barrancos (literalmente) depois saímos numa estrada asfaltada, aí tomamos o rumo para uma fazenda onde será feita pulverização aérea daqui uns dias.
Alguns quilômetros de estrada depois, paramos num posto, pois o tanque estava quase vazio. Não fosse por algumas pessoas na porta do restaurante eu juraria que aquilo era um posto fantasma. Então perguntamos ao balconista do estabelecimento sobre combustível e ele esclareceu que não havia nada naquele posto. Depois disse que até tinha um galão com cinco litros de gasolina, mas iria cobrar quatro reais por litro. Honestamente concluiu que valia à pena irmos para a cidade. Imagine só, um posto sem gasolina! Essa vai para a minha lista entitulada "Coisas de MS", que no final do estágio farei como lembrança daqui.
Estava perto da hora do almoço, então o Marzo disse que iríamos almoçar na casa da família dele. Chegamos lá e fomos recepcionados com uma deliciosa costela cozida e batatas. Comi muito bem. Saímos logo depois de comer e fomos ao objetivo principal do dia.
Na fazenda o gerente tinha acabado de sair para ver uma turbina do poço. Para não perder tempo falamos com um pião e nos informamos sobre a localização do aeroporto. Inspecionamos e medimos a pista de pouso. 900 metros ao todo. Nada mau, pois segundo o Marzo é preciso que a pista tenha no mínimo 700 metros. Voltamos à sede e o gerente tinha acabado de chegar numa Toyota Bandeirante bege. Depois de muitas porteiras abertas e fechadas conseguimos o diagnóstico da área. A pulverização aérea deveria ser feita o mais cedo possível.
Fomos embora depois de uns goles de uma água bem gelada e com alguns pontinhos minúsculos em suspensão. Assim que eu chegar em Tietê não posso esquecer de tomar vermífugo, acho que essas águas de fazenda devem ter alguma coisa além de sais minerais. Concluo isso porque alguns desses dias minha barriga esteve fora do normal. O complicado também é comer fora, você nunca sabe qual a condição sanitária do lugar, como foi feita a comida, entre outros. O jeito é seguir a tradição aqui do estado e comer comida com bastante molho de pimenta, aí mata toda a bixarada.

Já em Camapuã na casa da família do Marzo, tomei um banho gelado e revigorante, vesti uma roupa fresca e saímos comer uma pizza. Na pizzaria o pedido foi meia calabresa meia marguerita, preferidas pelo Marzo e por mim respectivamente.
Mais tarde voltamos para casa e lá fiquei,enquanto que o Marzo voltou ao centro da cidade para se enroscar com uma amiga. Agora pouco estava conversando com a vó e a Monique (irmã do Marzo) ficamos até quase uma da manhã proseando entre meu futuro e peculiaridades de São Paulo, a futura moradia da Monique na capital para cursar enfermagem e passeios da vó pela Serra Gaúcha .
Agora preciso dormir porque logo cedo voltaremos para Ribas. Boa noite e Boa sorte.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Postagem referente ao dia 27/01

Após suas semanas dando o suor em Paranaíba resolvi mudar de ares. Voltar para a capital era o meu objetivo no início da semana. O horário de ônibus para Campo Grande era às 23h, o horário ideal para o povo daqui, pois após cinco horas e meia a viagem terminava.
Foi a melhor viagem de ônibus de todas que tenho feito ultimamente. O veículo aparentava ser novinho por fora, por dentro o cheiro de carro zero era inconfundível. O único inconveniente da viagem foi meu vizinho de banco. O cara era um roncador profissional, desses que você joga água e o ronco dele fica mais alto ainda. Peguei minha mochila, fui para o penúltimo banco e comecei a ouvir música e jogar um game tonto do celular.
Comecei a pensar comigo mesmo: viajar de ônibus é como o futebol, uma caixinha de surpresas. Sempre encontro figuras inusitadas como bêbados exalando cachaça pelos poros, roncadores, crianças mimadas e escandalosas, donas ansiosas e conversadeiras.

Chegando na capital peguei carona com o Ivan (o agrônomo que tem me norteado e dado uma força por aqui) e fiquei num novo hotel, o Galli. Entrei no saguão e no mesmo momento já não tive uma boa impressão dali, graças ao recepcionista. Ele tinha um porte alto, usava um uniforme surrado e usava um rabo-de-cavalo horrendo. Sim, aparências podem até enganar.Podem? Muitas vezes a primeira impressão é a que fica.
Cadastrei-me na ficha de hóspedes e peguei a chave do quarto. “Seu quarto é logo ali, suba um andar e vá até o fim do corredor. O elevador é logo aqui”, disse o recepcionista, feliz em receber um hóspede tão casual. Tomei meu rumo e ante ao elevador decidi subir pelas escadas. Vai que aquele troço dos anos 60 empacasse!
Subi a escadaria e no corredor já percebia aos poucos o nível do pulgueiro. O cenário era bem semelhante a filmes de faroeste, a única diferença era que o local era fechado. O quarto era no final do corredor. Abri a porta e antes mesmo de adentrar-me, senti um cheiro sufocante de mofo. Coragem! Estava com sono, então era melhor entrar rápido.
Coloquei minha mala sobre a mesa e notei que uma enorme cortina de cetim azul turquesa cobria toda a janela e sufocava o ambiente. Antes mesmo de tirar minhas havaianas verdes para ficar mais à vontade abri aquela cortina e escancarei o vitrô. Pensei no ar condicionado, mas sem condição. O pó tomava conta e ainda pedia uns trocados.
Então resolvi cochilar durante a última hora antes de ir para a loja. A roupa de cama era velha e batida, as inscrições do hotel estavam apagadas e abaixo tinham duas estrelas. Não creio que o uso apagou alguma outra estrela dali. Dei uma vasculhada no travesseiro, só para ver se eu achava alguma pulga, mas não vi nada. Ácaros me mordam!

Amanheceu a terça-feira e logo fui tomar o café-da-manhã. Nunca comi uma manteiga tão parecida com parafina. O ponto positivo do hotel era o suco de laranja, era fresco, sem muita água e com gominhos.
Fui-me embora para com sorte nunca mais voltar.
Quando o Ivan me perguntou do hotel fui bastante sincero: “Aquilo era uma caverna!”. Uma boa indicação para a Revistas 4 Rodas como lugares para serem evitados em Campo Grande – MS.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Crônicas do bloquinho

Desde que comecei meu estágio tenho andado com um bloquinho dado pela loja.
Ele tem sido bem importante, pois nele anoto tudo o que dá na telha, além de eu deixar alguns dados da empresa como endereço e CNPJ. Sem tais informações estou perdido, pois não daria para tirar nota fiscal e depois ser reembolsado pelo financeiro da Agroline nos constantes gastos com comida e hospedagem.
Como esqueço nomes, locais e pontos de referência, garrafas de Coca Cola no freezer, a porta do quarto do hotel destrancada e outras coisas que não vem ao caso lembrar agora, a melhor solução útil tomada durante esses dias foi ter ganhado e colocado o bloquinho em uso.
O complicado mesmo era manter o dito cujo sempre comigo, por isso tive de me acostumar de carregar um peso a mais comigo.
Nos primeiros dias não havia problema algum, porque eu passava a maior parte do tempo viajando e sempre lembrava de deixá-lo guardado no porta-luvas. Passado algum tempo o carro não era tão frequente como as voltas à pé em pastos e em Paranaíba, então meus problemas de memória curta voltam.
Era chegar no hotel e deixar tudo de dentro do meu bolso em locais estratégicos pelo quarto como um enorme criado-mudo, tomar um refrescante banho após ter trabalhado (num delicioso verão onde picos registram 38ºC na sombra) e esquecer o bloquinho para sair rumo a um restaurante. Batia a mão no bolso e murmurava para mim mesmo elogios quanto a minha formidável memória.
Já perdi a conta de quantas vezes voltei em algum lugar graças ao bloquinho.
Bom,mas mudando de assunto, me cansei de usar canetas promocionais malfeitas e acabei de comprar uma caneta nova(retrátil, ponta fina e com grip) numa loja pertinho aqui do hotel, logo no centro. Afinal o bloquinho merece, não é?
Droga, o único problema é que esqueci de comprar um caderno para passar à limpo meus rabiscos do bloquinho.
Fazer o quê? Não volto lá hoje.

domingo, 18 de janeiro de 2009

Relatório 0001/09 de especificações

Bom pessoal, como algumas pessoas estão por fora de alguns detalhes que não elucidei, esse post irá deixar tudo certinho.
Meu estágio está sendo bancado pela empresa Nufarm, uma multinacional que está começando a entrar no setor de pastagens no Brasil.
Com muito sucesso a Nufarm está ganhando aos poucos o mercado que era restrito aos produtos da Dow AgroSciences, pois após algumas formulações terem suas patentes caídas como o Tordon(2,4-D + Picloram), a Nufarm conseguiu sintetizar produtos idênticos, tornando-os disponíveis por um preço menos para os pecuaristas.
O difícil mesmo é convencer fazendeiros que o produto da Nufarm é tão efetivo quanto o da Dow, como por exemplo o Tucson, que é idêntico ao Tordon. Apesar do Tucson ser bem mais barato, a tradição e confiança numa marca fantasia é diversas vezes um empecilho nas negociações entre técnicos e pecuaristas. Então cabe aos técnicos levar pulverizadores, bombas costais e muita paciência para ganhar um novo cliente.
Outra questão é quanto aos nomes que coloco nas postagens. Aí vai:
O Ivan é o Eng. Agrônomo chefe da loja Agroline, uma revenda de produtos Nufarm, situada em Campo Grande. Nesta loja ficam mais quatro técnicos que possuem diferentes regiões de venda.
Um deles é o Celso, técnico agrícola com quem tenho andado durante essa primeira semana de estágio.
Por enquanto é isso, vou comer uma Parmegianna agora pra comemorar esse dia tão gostoso da semana que é o domingo. Um abraço a todos meus amigos que estão me acompanhando.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Essa postagem é referente ao dia 13/01

O dia começou bem, acordei no mesmo horário que no dia anterior, sem nenhum sinal de cansaço. Tive alguns sonhos estranhos antes do despertar, creio eu que sempre quando durmo em lugares estranhos para mim tais sonhos recorrem em meu inconsciente, nada relevante.
Bocejei, me estiquei naquele colchão duro e me troquei com uma roupa boa apenas para ser surrada.
Cheguei ao refeitório para tomar meu café-da-manhã e achei ótimo o fato de não ter um gato pingado ali, pois no dia anterior aquilo estava um tremendo fervo humano, com exclusiva fila reservada ao pão francês.
Mas foi só o instante de eu tomar o primeiro copo de suco de maracujá que pessoas começaram a atacar vorazmente toda a comida e preencher todas as mesas vagas dali, algo comparável à saúvas cortadeiras acabando com plantas.
De repente um rapaz de rosto familiar se dirigiu a minha mesa e se sentou, perguntando em seguida se eu era o estagiário da Nufarm. Sem hesitar, mesmo com um naco de pão com geléia de goiaba na boca, respondi balançando a cabeça de modo afirmativo e dizendo um sim rápido e baixo, típica voz de quando acabo de acordar.
Perguntei se ele era técnico da empresa, ele retrucou um sim não tão seco quanto o meu. Na sequência o sujeito disse algo do tipo "hoje você vai comigo". Na hora desconfiei de uma nova carona ao invés do Ivan, então soltei um "tudo bem" e voltei escovar os dentes no quarto.
Cheguei na frente do hotel Alquimia (devo uma postagem exclusiva dele) e fiquei ali esperando atrás da sombra de um orelhão. Dez minutos se passaram e a carona que chegou era o Maurício, técnico com quem passei o dia anterior.
Já na loja mal apareci e o Ivan me comunicou que eu iria viajar com o Celso, que no fim das contas era o cara do hotel, que já chegou dizendo que íamos ficar fora uma semana toda e que no mesmo dia iríamos andar até Goiás.
Minha cara não poderia ser a mesma, afinal eu mal tinha chegado em Campo Grande, andado durante cansativas catorze horas num ônibus tosco(outra postagem aqui,talvez eu junte com a do hotel).
Mas como as opções eram aceitar ou aceitar, não tive dúvida em aceitar mesmo, afinal voltando eu ainda teria tempo suficiente para conhecer melhor a capital.
Nos cinquenta primeiros quilômetros de estrada o Celso dirigiu, e combinou comigo que logo saindo da estrada da morte (a lotada de caminhões BR-163) eu iria dirigir.Logo imaginei o quão difícil seria, pois na caçamba havia nada menos que um pulverizador e vários baldes de herbicida.
Quando assumi o volante as coisas melhoraram, pois eu estava com o sono acumulado e não dava a mínima vontade de conversar com o técnico, mas como curto muito dirigir meu sono passou em alguns piscares de olhos.
O cerrado é um pouco menos denso aqui e as cidades continuam tão densas quanto o deserto do Atacama.
Paramos num posto para almoçar e pegar água para o nosso tereré, que havia acabado. Também o Celso toma aquilo demais. Saindo dali, depois de diálogos melhores ( sem tantas respostas monossilábicas como antes) paramos em Chapadão do Sul para abastecermos. Passados uns 40Km chegamos ao primeiro destino, uma fazenda de um cliente muito bom.
Dentro dessa fazenda andei cerca de 15Km de estrada de terra e peguei um buraco enorme, o qual não consegui ver pois ele ficava bem depois de uma rampa numa subida.
Não deu nada além de um furo no radiador, uma saia lateral quebrada, cordas estouradas e um furo na bomba costal.
Tivemos sorte pois dez minutos depois um carro passou ali, levando o Celso para a sede em busca de socorro.
Bom, por hoje é tudo que irei escrever, pois ainda estou esperando no mesmo lugar onde quebrei o carro, sem nada para fazer, nada de água para tomar ( a do tereré tinha acabado), nada ao meu redor além de pasto e cerrado, mosquitos irritantes e um sol escaldante.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Hoje é uma quinta ensolarada aqui como tem sido meus últimos dias em Paranaíba-MS.
Acordei cedo e tomei o melhor café-da-manhã desses dias, afinal o suco de laranja não estava amargo nem tão ácido,sem contar que a manteiga não apresentava nenhum sinal de ranço.
No campo tudo que ocorreu foi a costumeira rotina de vendedor do cerrado, batendo de fazenda em fazenda pelo nordeste do Mato Grosso do Sul.
Na primeira parada entregamos produtos no quintal de uma dona-de-casa que parecida deveras atarefada com sua filha mimada.
A seguir, numa fazenda chegamos e não encontramos nem dono nem capataz ou algo que pudesse assinar recibos, mas para minha simples felicidade achei um pé carregado de doces e suculentas acerolas,então deixamos a encomenda num galpão velho de madeira podre e cheirando guardado como o porão de uma casa abandonada há décadas.Rapidamente saímos dali e nos dirigimos a uma casa de um dos funcionários da fazenda para comunicar a visita e pedir para que deixassem recado ao patrão.
Na segunda fazenda do dia passamos pelo menos duas horas observando o belo ritual de separação de touros reprodutores e sua elegante marcha naqueles corredores de madeira, onde caminham desesperadamente rumo ao descarte ou à seleção. Felizes são os escolhidos, pois ganham mais uns dois anos de uma vida sexualmente ativa. Juro que prefiro eles no churrasco ou pastando sossegados, tentando pegar matos através da cerca, esticando seus pescoços ao máximo na tentativa de alcançar algo mais suculento aos olhos bovinos.
Depois de perder tempo o técnico que me instrui essa semana conseguiu vender uns dez baldes do seu produto e saiu feliz de lá.
Dali seguimos viagem até uma fazenda relativamente próxima, onde pegamos um pulverizador. Lá fomos recebidos pelo capataz e um ajudante, além de um gigante rottweiler. O grande bezerro preto veio na minha direção no mesmo momento que pisei na grama rala daquele quintal. Bateu em mim um desespero, pois apesar de eu adorar cães não dava para não ter medo daquele monstro. Subi na caçamba e logo que o caseiro chegou dizendo que ele era manso desci e o bixo veio querendo brincar comigo, mas dando pulos que se eu logo não o repreendesse poderiam me derrubar,fácil fácil.
Não é que o cão era manso e dócil mesmo? Seilá, sempre tive receio com essa raça, mas o fato é que esse era muito legal e gostoso de acariciar.
Depois de colocar o pulverizador na caçamba da Strada fomos bem recebidos pelo caseiro e sua esposa, que passou café naquele instante. A casa deles era uma das mais confortáveis casas de fazenda para funcionários que tenho visto ultimamente, toda pintada de cores escuras e com um fogão à lenha de dar gosto.
Saímos dali e o tempo já estava mais para uma tempestade com ventos e trovoadas que para uma leve chuva de verão.
No último compromisso do dia entregamos o pulverizador em outra fazenda também perto dali e depois de dicas de regulagem fomos embora para Paranaíba.
Indo para cidade batemos no portão de um fazendeiro e depois caímos na estrada novamente.
Numa outra postagem conto melhor esse episódio, que foi bem ilustrativo para mim.
Vou nessa porque tenho que acordar 4:30h da manhã amanhã para irmos à Inocência.