Sabe que nunca me senti dessa maneira, encarando tamanho desafio.
Ao defrontar-me com tamanha decisão, minha garganta travara como se houvesse um seco miolo de pão ali. Foi como me senti.
Acredito que seja a minha hora, é só encarar de frente. Apesar de todos os pesares pesarem.
Pros que ficam, lamento sair de sopetão.
Imagino essa situação como se eu estivesse reunido num restaurante todas as pessoas que julgo queridas. E então escolhi inclusive a mesa, a única perto das janelas que estava desocupada e era número par (procuro evitar números ímpares, não me perguntem porquê) e já fui de cara pedindo meu prato favorito. Um tempo depois ele chegou e todos comeram satisfatoriamente bem. Aí eu, sentado na ponta, saí sem pagar a conta. É um tanto desagradável sair sem pagar a conta.
Só que eu deixo a sobremesa pra depois. Todos meus amados continuarão sentados quando eu voltar. E, por favor, peçam pro garçom colocá-la na geladeira, com um filme plástico em cima, que é pra não pegar gosto de outras coisas. Pois ainda degustarei essa sobremesa. E vai ser a mais doce e prazerosa de todas que comerei em toda a minha vida.
Estarei esperando vc para saborear tudo que há de melhor nessa vida!:*
ResponderExcluirNayara(grr)
O grande trunfo da sobremesa reside no fato de que ela é a única parte de uma boa refeição que é apreciada verdadeiramente por já não sermos mais escravos da fome. Talvez todo futuro seja em si um pouco de sobremesa, como que aguardada pela ânsia da fome presente, mas que talvez nunca consigamos matar, pelo menos não o suficiente para que a possamos apreciar de fato. No fim, o que importa mesmo é a sobremesa...
ResponderExcluirEspero que você realmente prove os sabores diferentes desse outro lugar, eles vão te despertar sensações únicas e especiais. Mesmo que nenhuma se compara aquela que você sentirá ao voltar pra essa mesa. :)
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